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Web Radio Sinfonia Jovem

domingo, 18 de novembro de 2018

Hermeto e Chico Buarque ganham Grammys, mas mídia destaca derrota de Anitta

Brasileiros se destacam, mas noticiário prefere dar ênfase ao fato de Anitta perder nas duas categorias em que concorreu e que teve sua mala extraviada
Foto: Reprodução/YouTube
Dois ícones da música brasileira brilharam durante a premiação do tradicional Grammy Latino, que ocorreu na noite desta quinta-feira (15), em Las Vegas, Estados Unidos: Hermeto Paschoal e Chico Buarque. No entanto, em uma total distorção sobre o que é prioridade no que se refere à informação, grande parte da mídia tradicional não deu destaque para as premiações dos brasileiros, mas, sim, para o fato de que Anitta, estreante no evento, foi derrotada nas duas categorias as quais concorreu.
Além disso, inúmeros veículos de comunicação deram grande ênfase ao “importante” fato de que, antes do início da premiação, Anitta já havia passado “um momento de drama no Grammy”, quando a mala em que trazia seu vestido de gala foi extraviada. Ela teve de correr a um shopping da cidade, acompanhada de uma assistente, para comprar um vestido e um par de sandálias.
“Anitta perde vestido e não leva nenhum prêmio no Grammy Latino 2018”; “Após perder vestido, Anitta é derrotada em duas categorias no Grammy Latino”; “Anitta com a mala extraviada, Nanda Costa dançando no tapete vermelho e o resultado do Grammy Latino”; “Anitta revela perrengue antes da premiação do Grammy Latino 2018”, foram as manchetes mais vistas.
O que interessa mesmo é que o “bruxo” Hermeto Paschoal conquistou o prêmio de melhor álbum de jazz latino, sendo o único a ganhar concorrendo apenas contra estrangeiros. Outro destaque nacional foi Chico Buarque, que levou dois troféus, de melhor canção em língua portuguesa, com “As Caravanas”, e melhor álbum de música popular brasileira, “As Caravanas”.
Além deles, outros artistas brasileiros também tiveram participações expressivas na premiação: a parceria Almir Sater & Renato Teixeira foi lembrada como melhor álbum de música de raízes em língua portuguesa, com “+AR”.
E ainda: Chitãozinho & Xororó (melhor álbum sertanejo, “Elas em Evidência”); Maria Rita (melhor álbum de samba/pagode, “Amor e Música”); Lenine (melhor álbum de rock ou música alternativa em português, Lenine em Trânsito”); Anaadi (melhor álbum de pop contemporâneo em língua portuguesa, “Noturno”) e Fernanda Brum (melhor álbum de música cristã em língua portuguesa, “Som da Minha Vida”).
Vale registrar que o grande campeão da noite foi o músico uruguaio Jorge Drexler, que ganhou como melhor gravação, canção do ano e melhor álbum cantor compositor. Drexler tem uma trajetória muito ligadas a músicos brasileiros, como Paulinho Moska e Vitor Ramil.

Fonte: https://www.revistaforum.com.br/hermeto-e-chico-buarque-ganham-grammys-mas-midia-destaca-derrota-de-anitta/?fbclid=IwAR3zMiCo_37I1qtFVZm30NKdUcgIwkZdtm1Tv5_gtlinyUNW6352TKbz3QY

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Banda de Música, Banda Sinfônica ou Orquestra de Sopros?

Por Arley França



   Apesar de serem muito parecidas e basicamente compostas por instrumentos de sopro e percussão, as Bandas de Música, Bandas Sinfônicas e Orquestras de Sopros apresentam características bem particulares  que as diferenciam uma das outras. Contudo, estas nomenclaturas são muitas vezes utilizadas de forma equivocada no Brasil, principalmente quando se trata dos termos Banda Sinfônica e Orquestra de Sopros.

   O termo Banda de Música, de modo geral, refere-se a uma corporação musical formada por instrumentos de sopro da família das madeiras, dos metais e também por instrumentos de percussão. Considerando as questões históricas e culturais brasileiras, espera-se que minimamente as Bandas de Música possuam instrumentos musicais como clarinetas, saxofones contraltos, saxofones tenores, sax-horns Mib ou trompa, trompetes, trombones, bombardinos, tubas e percussão. Tal instrumentação permite que o grupo possa executar qualquer arranjo ou música original para banda, mesmo que seja necessário fazer alguma adaptação para compensar a falta de determinado instrumento.
   
    Dadas as condições de manutenção ou até mesmo por questões de tradição, algumas bandas de música pelo interior do Brasil ainda funcionam sem sax-horn Mib ou trompa. Há ainda casos em que se acrescentam à instrumentação acima citada instrumentos como  a flauta, o saxofone barítono e a bateria. Contudo, ainda assim, pode-se dizer que – a julgar por sua instrumentação – esses grupos são Bandas de Música.

  Outra característica importante das Bandas de Música é o repertorio executado. Neste sentido, a  marcha tem sido um gênero musical obrigatório nas bandas de música ao redor do mundo, isso porque as bandas tem papel relevante nas corporações militares. No Brasil, além das marchas, os dobrados e canções militares  reforçam a importância das bandas dentro das casernas. Gêneros como o maxixe, o choro, a marchinha, a marcha-rancho e o frevo também se desenvolveram e  encontraram o seu lugar no repertório das bandas de música brasileiras. Assim como as bandas do passado tocavam os “sucessos da época”, é possível ouvir nas bandas de hoje arranjos de músicas populares que estão em evidência, tanto no Brasil, quanto no contexto internacional.

   Saindo um pouco da realidade das bandas de música brasileiras, venho me reportar agora aos conceitos universais de Banda Sinfônica e Orquestra de Sopros que, conforme mencionado, eventualmente são utilizados de forma errônea no Brasil.

   O conceito de Banda Sinfônica é oriundo dos Estados Unidos e remete ao maior agrupamento musical relacionado às bandas de música, tanto em quantitativo de executantes quanto na variação instrumental. A Banda Sinfônica possui de 60 a 90 integrantes, podendo em alguns casos atuar com 100 ou mais executantes. Além disso, a Banda Sinfônica possui quase todos os instrumentos de sopro existentes. Instrumentos como clarineta alto, corne-inglês, oboé e fagote também são usados na Banda Sinfônica. Em muitos casos,  instrumentos de cordas friccionadas como violoncelo e contrabaixo são incluídos na configuração da verdadeira Banda Sinfônica. O repertório da Banda Sinfônica inclui transcrições de música erudita, bem como música original para banda, com ênfase para peças de grande dificuldade técnica. Algumas bandas, como a Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, possuem ainda instrumentos dificilmente encontrados, como é o caso do contrafagote.

   Dentre os grupos que mais se assemelham ao conceito de Banda Sinfônica no Brasil, além da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais, pode-se citar a Banda Sinfônica do Exército Brasileiro que em 2017 apresentou-se com  66 instrumentistas,  sendo: 1  flautim, 5 flautas, 1 oboé, 1 corne-inglês, 1 clarineta Mib, 9 clarinetas Sib, 1 clarineta contralto Mib, 1 clarineta baixo Sib, 1 fagote, 2 saxofones contraltos, 3 saxofones tenores, 1 saxofone barítono, 5 trompetes, 4 trompas, 5 trombones, 3 bombardinos, 2 tubas, 8 violoncelos, 4 contrabaixos acústicos, 1 piano, 1 harpa, 6 percussões (incluindo tímpanos, bombo e pratos sinfônicos, e instrumentos de teclado como metalofone e xilofone).

  Em 1952 o regente norte-americano Frederick Fennell - influenciador da pedagogia das bandas nos Estados Unidos - criou a Eastman Wind Ensemble, propondo o conceito de Conjunto de Sopros (Wind Emsemble) que mais tarde originaria a Orquestra de Sopros moderna. Originalmente o Conjunto de Sopros proposto por Fennell possuía em torno de 45 a 55 integrantes, incluindo contrabaixo acústico, harpa e piano.

   Diferentemente da Banda Sinfônica, o Conjunto de Sopros de Fennell não possuía violoncelos e tinha apenas um contrabaixo acústico. Praticamente era o conjunto de sopros da Orquestra Sinfônica acrescido do Quarteto de Saxofones, bombardino, contrabaixo acústico, percussão, piano, órgão e harpa. Com uma sonoridade menos potente que a da Banda Sinfônica, a ideia era que o grupo pudesse tocar instrumentações flexíveis, tanto música de câmara quanto repertório escrito para instrumentação menor por compositores da época. Outra característica era a presença de um executante por parte.

   Por ocasião de sua criação, o conjunto de sopros de Fennell era composto por por 2 flautas, 1 flautim, 2 obés, 1 corne-inglês, 2 fagotes, 1 contrafagote, 1 clarineta Mib, 8 clarinetas Sib, 1 clarineta alto, 1 clarineta baixo, 2 saxofones contraltos, 1 saxofone tenor, 1 saxofone barítono, 3 cornets, 5 trompetes, 4 trompas, 3 trombones, 2 bombardinos, 4 tubas, 1 contrabaixo acústico, harpa, piano, percussão e órgão.

  Considerada uma Orquestra de Sopros moderna, a Eastman Wind Ensemble criada por Fennell apresenta-se atualmente com 1 flautim, 4 flautas, 3 oboés, 1 corne-inglês, 1 clarineta Mib, 8 clarinetas Sib, 3 clarinetas baixo Sib, 2 fagotes, 1 contrafagote, 2 saxofones contraltos, 2 saxofones tenores, 1 saxofone barítono, 6 trompetes, 4 trompas, 4 trombones, 2 bombardinos, 3 tubas, 1 contrabaixo acústico, 1 piano e 6 percussões.

  Mesmo que não possuam exatamente a mesma instrumentação proposta por Fennell,  as Orquestras de Sopros da atualidade diferem-se das bandas de música por possuir flauta, oboé, fagote, trompa, clarineta baixo, percussão sinfônica e, eventualmente, contrabaixo acústico (muitas vezes inexistentes nas orquestras de sopros modernas, sendo sua parte executada pela tuba, fagote e clarineta baixo, sem causar prejuízo ao grupo).

   Conhecer os aspectos históricos e culturais que contribuíram para a evolução das Bandas de Música no Brasil e no mundo e saber diferenciar uma Banda de Música de uma Banda Sinfônica, ou de uma Orquestra de Sopros, é indispensável ao trabalho do regente de bandas brasileiro, principalmente num país onde as Bandas de Música ainda são as principais escolas formadoras de instrumentistas de sopro.

França, Arley. Bandas de Música e Políticas Públicas: um estudo sobre práticas educativas nas bandas do Ceará. 2017. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, João Pessoa, 2017.

Fonte: https://www.arleyfranca.com/single-post/2018/10/16/Banda-de-M%C3%BAsica-Banda-Sinf%C3%B4nica-ou-Orquestra-de-Sopros

sábado, 3 de novembro de 2018

Encontro de bandas de música reaviva memória do maestro Lázaro Freire em Ipu


A lembrança do Maestro Lázaro Freire Silva foi revivida na noite desta quinta-feira (01/11) no Patamar da Igreja Matriz com um encontro de bandas da região e locais por onde o Maestro deu sua contribuição em vida para a arte e cultura do estado do Ceará.

O evento promovido pelo músico, professor João Freire, sobrinho do homenageado e apoiado pela iniciativa privada e governo municipal de Ipu, relembrou o aniversário de 80 anos do maestro falecido em 17 de junho de 2003, vítima de infarto do miocárdio. O encontro reuniu familiares, músicos e autoridades do município e região. 

Estiveram se apresentando e exibindo o legado o maestro as bandas das cidades: Ipueiras, Poranga, Pires Ferreira, São Benedito, Viçosa do Ceará e Ipu. 

Para cada Maestro e regente das bandas foram entregue comenda de participação

Banda de Música Municipal da cidade de Viçosa do Ceará, Banda de Música Joaquim Catunda Sobrinho de Ipueiras, Banda de Música da cidade São Benedito, Banda de Música João Pinto de Oliveira da cidade Pires Ferreira, Banda de Música Maestro Lázaro Freire de Poranga e a Centenária Banda de Musica Lázaro Freire de Ipu,

quinta-feira, 10 de julho de 2014

XI Festival Música na Ibiapaba acontecerá em outubro

A edição 2014 do Festival Música na Ibiapaba, referencial evento de formação em música popular no Estado do Ceará, acontecerá entre os dias 11 e 18 de outubro, em Viçosa do Ceará. A Secretaria da Cultura do Governo do Estado, responsável pelo festival, confirma a realização do evento, mais uma vez na tradicional cidade natal de grandes músicos cearenses, da história e da contemporaneidade.



Chegando à sua décima primeira edição, o festival contará com uma curadoria composta por José Brasil Filho, diretor da Escola de Música de Sobral; Ivan Ferraro, diretor da Feira da Música de Fortaleza e presidente da Associação dos Produtores de Cultura do Ceará (Prodisc), e Alfredo Barros, professor da Universidade Estadual do Ceará e idealizador e regente da Orquestra Sinfônica da Uece (Osuece).



Como curadora de honra, integra a comissão a também professora da Uece Consiglia Latorre, originalmente responsável pela idealização do festival e pela coordenação das primeiras edições do evento.

O festival manterá o seu caráter didático, como um evento de formação, oferecendo aos participantes selecionados uma imersão durante nove dias de aulas, debates e convivência com instrumentistas, intérpretes, pesquisadores e professores, cearenses e de outros estados.



As atividades manterão a ênfase na execução instrumental em diferentes naipes, na prática de conjunto, na história da música popular no Ceará e no Brasil, nos aspectos de produção, técnica e empreendedorismo ligados à carreira musical.

Mais detalhes sobre o festival e a data de abertura das inscrições para os estudantes serão divulgados em breve pela Coordenadoria de Ação Cultural (Codac) da Secult.


fonte: Secult